Encerramento da Semana da Leitura – Debate “Literacia Média e Cidadania”

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No dia 12 de março de 2018, pelas 10:20, no salão nobre da escola secundária, realizou-se a última atividade da Semana da Leitura de 2018, que decorreu entre os dias 5 a 12 de março, subordinada ao título: “Liberta o leitor que há em ti”.

Esta derradeira atividade consistiu num colóquio/debate sobre “Literacia, Média e Cidadania” e destinou-se aos alunos do ensino secundário.

Na mesa, sentaram-se os jornalistas convidados: António Rodrigues (diretor do semanário Mensageiro de Bragança; João Faiões, jornalista da SIC e Teófilo Vaz, diretor do semanário Jornal Nordeste.

Abriu a sessão a professora bibliotecária, Maria do Céu Afonso, dando as boas-vindas a todos e agradecendo a presença e a disponibilidade dos elementos da mesa, elencando, por último, os objetivos desta atividade, a saber: levar os alunos a refletir sobre a educação para os media e a relação dos jovens com a informação e sobre a importância dos Meios de Comunicação Social na construção de cidadãos criativos e civicamente participativos.

Ato contínuo, o professor Teófilo Vaz, dirigindo os trabalhos e tecendo algumas considerações sobre a importância da leitura na vida das pessoas, passou, de imediato, a palavra ao jornalista João Faiões da SIC.

Este começou por questionar a assembleia sobre a importância dos meios de comunicação social. Prosseguindo, referiu que os média ajudam a interpretar o mundo e a alargar os nossos horizontes. Acentuou, ainda, que os média servem para denunciar situações e resolver problemas na sociedade, pondo as pessoas a interagir e a discutir. Na prossecução da palestra, pronunciou-se sobre a importância da imagem, dando como exemplo a televisão, onde ambas as linguagens – escrita e pictórica – surgem associadas, sendo que a imagem secundariza a palavra. Ato contínuo, sublinhou a importância dos média na escola, constatando, com satisfação, que neste Agrupamento existe uma rádio escola que cumpre, entre outras, a função de informar e um Jornal escolar (Bô Jornal), interpelando os alunos a usarem esses espaços como locais de intervenção, dedicando-se à escrita jornalística.

O jornalista António Rodrigues iniciou a sua intervenção, utilizando a mesma metodologia do preletor anterior, ou seja, perguntando aos discentes se liam jornais nos mais variados suportes e qual era para eles a importância de os ler. Ato contínuo, alertou para a credibilidade das notícias, dando algumas dicas de como proceder para aferir se as mesmas são falsas ou verdadeiras. Referiu-se, também, ao poder da comunicação social, dando como exemplo as últimas eleições americanas e a queda do banco BES. Por fim, alertou para a existência de certas notícias cujo objetivo é desviar as atenções de algum assunto importante, mas de que não convém falar-se.

Por último, o jornalista Teófilo Vaz iniciou a sua intervenção de forma apocalíptica, começando por dizer que temos receio do desconhecido e da violência, reagindo de forma irracional a algumas notícias, dando como exemplo a avestruz, quando pensamos que tudo está perdido. Asseverou, de seguida, que para combater esta atitude é imperativo estar bem informado, lendo jornais, para ter uma atitude mais racional ao ler algumas notícias mais sensacionalistas que, infelizmente, aparecem em certos órgãos de comunicação mais apostado na coscuvilhice lucrativa. Concluiu a sua intervenção, corroborando a ideia de que é necessário estar atento e informado para escolher de forma consciente.

No geral, os palestrantes dissecaram os meandros labirínticos da comunicação social. Alertaram para o rigor das fontes, para a imparcialidade e objetividade jornalística, de acordo com o código deontológico, e clamaram, de forma veemente, contra as falsas notícias e a contrainformação, visto não observarem os preceitos do referido código e de contribuírem para a desinformação e confusão dos leitores.

No final, os alunos e professores colocaram algumas questões, o que é revelador do seu interesse, pela temática em discussão, e da atenção com que acompanharam as comunicações.

Esta atividade foi uma excelente forma de terminar a Semana da Leitura, uma vez que os alunos tiveram a oportunidade de ouvir três jornalistas da cidade e de aprofundar os seus conhecimentos sobre estas temáticas, sempre prementes e atuais, para, assim, estarem em melhores condições de fazer uma escolha consciente na imensa panóplia de meios informativos que têm à sua disposição.

Norberto Veiga

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