A ida ao Teatro Municipal

Os Contos Tradicionais

Na quinta-feira, 26 de janeiro 2023 eu e a minha turma fomos ao Teatro Municipal ouvir um contador de histórias onde contou Contos Tradicionais que eram incríveis. Este contador foi o melhor que eu alguma vez ouvira porque ele contava os Contos com entusiasmo e alegria. Eu acho que contar Contos Tradicionais é a profissão adequada para este contador. Os Contos que eu e a minha turma ouvimos foram dois, o primeiro falava de uma fava e o segundo do Inimigo – o Diabo.

O Conto da fava falava de uma velhota pobre e o que a alimentava era a sua horta. A velhota por vezes passava dias sem comer. Esta era esperta porque para se distrair da fome, ela abria a porta porque sabia que uns rapazitos que passavam por lá entravam e sentavam-se ao lado da lareira enorme, para ouvirem as histórias contadas pela velha. Passado alguns dias a velha voltava a abrir a porta e os rapazitos, como de costumo entravam e sentavam-se para ouvir novamente as suas histórias. Depois de ouvirem a história, um rapaz deu-lhe uma fava grande e seca para que a plantasse. E a velhota foi logo plantá-la de seguida foi para a cama dormir. Ela sonhou com favas e outros alimentos. Quando acordou pasmou-se com o seu jardim, ela até pensava que estava a sonhar porque a sua fava era enorme, tinha crescido até às nuvens. Como ela gostava de um Santo que era S. Pedro ela subiu a faveira devagar e deu de caras com uma porta. Bateu à porta e apareceu o S. Pedro que lhe perguntou o que lá fazia. Ela disse-lhe que estava lá para o conhecer. Depois da conversa o Santo reparou que a pobre velha não se alimentava. Assim, ele resolveu dar-lhe uma mesa pequenina e bastava apenas que dissesse “põe-te mesa” para ter muita comida. A velhota desceu a faveira e quando pôs o pé no chão tocou o sino da missa e ela foi a correr para a igreja. Então, pediu à sua amiga Joaquina que aguardasse e que não dissesse as palavras “põe-te mesa”. Mas, a velhota virou costas, e a sua amiga não lhe obedeceu e disse “põe-te mesa” e a mesa ficou repleta de comida. Então, ela repetiu mais duas vezes. A Joaquina lembrou-se que em sua casa havia uma mesa igual e ela trocou-as. Quando a velha lhe pediu a mesa, a Joaquina deu-lhe a falsa. A pobre, mal chegou a casa disse “põe-te mesa” mas nada, depois insistiu novamente e a mesa ficou igual. Foi aí que subiu a faveira e bateu à porta, o Santo apareceu e a velha disse-lhe que a mesa estava enferrujada porque não obedecia às ordens. Então, o Santo deu-lhe um cordeiro e pediu-lhe para que dissesse “mija dinheiro”. A velha desceu a faveira e logo tocou o sino da missa. A velha mais uma vez teve que deixar o cordeiro à Joaquina e disse-lhe para não dizer as palavras “mija dinheiro” e foi para a missa. A Joaquina disse as palavras e o cordeiro deu três moedas e ela repetiu. Ela lembrou-se que não podia dar o cordeiro mágico à velha. Então, foi à feira comprar um e deu-lho. A pobre foi para casa e disse à custa “mija dinheiro” mas, não aconteceu nada. Então, no dia seguinte voltou a subir a faveira e o Santo deu-lhe um pau e disse-lhe para dizer “compõe-te pau”. A velhota desceu a faveira e logo tocou o sino. E, mais uma vez, teve que deixar o pau com a Joaquina e disse-lhe para não dizer “compõe-te pau”. A Joaquina fez o contrário e disse as palavras. Este começou a dar-lhe nalgadas e Joaquina desatou a correr para a igreja, ajoelhou-se à frente da velhota e jurou a pé juntos que nunca mais lhe iria fazer mal. A velha saiu da igreja, pegou no cordeiro e na mesa, disse ao pau para que parasse de bater à Joaquina, ele parou, e a pobre regressou a casa. Ela voltou a abrir a porta porque já tinha a sua mesa cheia de comida e bebidas. Os rapazitos entraram e comeram aquilo tudo.

A segunda história falava do inimigo – o diabo que vivia no inferno. Lá havia pequenos inimigos. Eles tinham medo do mestre que era o diabo. Um dia, um dos pequenos inimigos disse ao mestre que no dia seguinte haveria uma festa numa vila. O mestre ficou contentíssimo porque sabia que na festa haveria vinho. No dia seguinte, ele foi à vila para a conhecer melhor, entrou no café, pediu um copo de vinho e bebeu-o. Ele ficou-se por lá. Quando chegou a hora da festa, o diabo escondeu-se atrás dos fardos, todo disfarçado. Ele fez um buraco para conseguir ver tudo. Uns garotos que estavam na festa viram o buraco e umas pedras, então jogaram. O garoto que, tinha tido a ideia de jogar, foi o primeiro a lançar a pedra e acertou em cheio no olho do diabo. O diabo levantou-se em desespero a esfregar o olho. Os garotos começaram a fugir cada um para sua casa. Os pais dos garotos ouviram gritos e foram ver o que se passava, mas, não viram nada. Quando, o pai do menino que atirou a primeira pedra chegou a casa perguntou-lhe porque é que no dia anterior estava a fugir para casa. Este disse-lhe que tinha visto um diabo a esfregar o olho. O pai disse-lhe que não podia beber muito vinho. E nunca mais se viu o diabo.

Os contos tradicionais são muito melhores que os de hoje em dia porque são mais engraçados, originais e criativos.

Eu aprendi que, os contos são muito melhores quando são contados por alguém como este contador, porque assim podemos deixar voar a nossa imaginação…

Maria Luís

4º ano SE10

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